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O outro é um espelho?

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Em muitos momentos, sim.

Pela psicanálise, sabemos que projetamos no outro aspectos nossos — medos, desejos, feridas, repetições.

O outro pode funcionar como superfície onde algo nosso aparece e ganha forma.


Mas é importante não transformar isso em regra.

Nem tudo que incomoda revela um conteúdo interno.

Há relações que realmente nos adoecem, ultrapassam limites, nos diminuem ou nos violentam.

Nesses casos, o incômodo não é um convite à introspecção — é um sinal de proteção.


Entre o que é projeção e o que é violação, existe um caminho de diferenciação que só pode ser percorrido caso a caso.


A análise não diz “tudo é sobre você”.

Ela pergunta: “O que, exatamente, isso diz de você? E do outro?”

E, a partir dessa localização, cada sujeito constrói sua saída:

elaborar, limitar, romper, se afastar, ressignificar — cada um no seu tempo e na sua necessidade.


Nem todo vínculo se transforma.

Mas todo incômodo pode ser um ponto de partida. Texto excrito por Mayara Ciciliotti - psicóloga (CRP 16/5420)


 
 
 

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