O papel da "repetição" no processo terapêutico
- Mayara Ciciliotti
- 26 de nov.
- 1 min de leitura
“Terei que correr o sagrado risco do acaso.
E substituirei o destino pela probabilidade.”
(Clarice Lispector, A paixão segundo G.H)

Na escuta clínica, o destino aparece muitas vezes como repetição: histórias que se reeditam, vínculos que retornam, dores que insistem.
O sujeito, tomado por essa lógica, crê que não há saída — que o que se repete é o que sempre será.
O desafio da clínica é fazer furo nessa certeza.
Permitir que algo do acaso aconteça — que um novo sentido possa emergir, que o sujeito se autorize a desejar.
Investir desejo é correr o risco do acaso: é abrir espaço para que a história herdada se torne história própria. Texto escrito por Mayara Ciciliotti - psicóloga (CRP 16/5420)



Comentários